terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A mulher e a sua condição nos inícios do séc. XX

Durante a 1ª Guerra, as mulheres ocuparam o lugar dos homens no trabalho e, desde então, obtiveram um acesso generalizado ao mundo do trabalho que lhes permitiu começarem a ter a sua independência económica e, consequentemente, tornarem-se mais reivindicativas.
Com a crise dos valores tradicionais após a 1ª Guerra Mundial, os valores tradicionalmente aceites e tidos como universais foram postos em causa e iniciou-se um período de anomia social, i.e. , ausência de normas ou regras de conduta. Durante esta crise, e devido às graves consequências da Guerra, as pessoas são "possuídas" por um frenesim consumista e uma ânsia de viver.
A mulher deste período, conhecida como flapper, pretendia chocar, quebrar convenções, como mostra a imagem que ilustra esta publicação. Usam saia acima do joelho, vestidos justos, sem costas, bebem e fumam.
As suas reivindicações visavam a igualdade entre os sexos, i.e. , o fim da sua situação de inferioridade relativamente ao sexo masculino. Estas reivindicações levaram à luta pela sua emancipação, ou seja, pelo Feminismo.
Perto de 1850 as mulheres começaram por reivindicar questões de ordem jurídica como a tutela dos filhos, o direito à remuneração digna do seu trabalho, entre outros. Por volta de 1900 começaram a organizar-se e a formar movimentos sufragistas através dos quais pretendiam o direito ao voto e a participação em cargos políticos.
Durante este período a mulher foi apelidada de "libertina" e flapper, jovem que ostentava vida boémia, que saía, fumava, usava o cabelo à garçonne entre outros.
O resultado de todas estas mudanças e reivindicações foi uma mulher que, a nível de atitudes, praticava desporto, conduzia, fumava, bebia, frequentava piscinas mistas entre outros. Fisicamente, liberta-se do espartilho, corta o cabelo à garçonne, usa sutiã, maquilhagem, sobe o comprimento da saia.


Reflexão Crítica: 
Na minha opinião, a mulher desta época percebeu que tinha tantas capacidades como os homens para trabalhar, pois quando estes foram para a Guerra, foram elas quem assegurou a continuação da subsistência.
Desde então, começaram a desejar sentir-se valorizadas, querer trabalhar, ser remuneradas justamente, participar na vida política e estar ao nível dos homens pois eram tão capazes quanto eles. Nem sempre o fizeram da melhor maneira, houve alturas em que foram bastante excêntricas, exageravam na aparência e na vida boémia, mas nenhuma evolução/mudança é perfeita e na maior parte dos casos, a ânsia de mudar faz com que ocorram excessos.
Sabe-se que as suas verdadeiras intenções eram a igualdade, apesar de por vezes estas terem sido confundidas com ousadia e rebeldia, as mulheres apenas queriam o reconhecimento do seu valor.
Considero esta mudança na mente feminina fulcral para a sociedade que temos hoje em dia pois, se não fosse a rebeldia e ousadia destas mulheres, nunca teríamos chegado aonde estamos hoje. Hoje em dia, já temos mulheres com cargos importantíssimos, o que só prova que esta progressão não foi em vão, pelo contrário, só veio enriquecer a sociedade e as mulheres enquanto pessoas.

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